"Uma vida não questionada não merece ser vivida." (Platão)

Salmos 1
1 Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado!
2 Pelo contrário, o prazer deles está na lei do SENHOR, e nessa lei eles meditam dia e noite.
3 Essas pessoas são como árvores que crescem na beira de um riacho; elas dão frutas no tempo certo, e as suas folhas não murcham. Assim também tudo o que essas pessoas fazem dá certo.
4 O mesmo não acontece com os maus; eles são como a palha que o vento leva.
5 No Dia do Juízo eles serão condenados e ficarão separados dos que obedecem a Deus.
6 Pois o SENHOR dirige e abençoa a vida daqueles que lhe obedecem, porém o fim dos maus são a desgraça e a morte.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

AMOR LIQUIDO (FRAGMENTOS DE UMA RESENHA) Por Gilberto Fonseca.

Por Gilberto Fonseca. (extraído)

Vivemos tempos difíceis.
E complexos.
A globalização abriu a Caixa de Pandora e o homem moderno se perdeu no meio das possibilidades.
Ansioso por relacionar-se, em meio a uma torrente de oportunidades, perdeu a noção do valor dos sentimentos e dos laços afetivos.
A cultura do descartável facilita esse descaminho. Tudo em nossa sociedade é instantâneo e substituível. Por que, num mundo de tão furiosa massificação, os relacionamentos amorosos fugiriam dessa regra?
Em Amor Líquido, Zygmunt Bauman disseca, através de uma visão crítica, a fragilidade das relações, utilizando-se de um texto sério, sem ser sisudo e também sem levá-lo a um cientificismo desnecessário, deixando claro que seu livro não tem por objetivo compreender o amor em seu âmago ou sua gênese, mas, sim, considerar seus efeitos e as mutações na forma de vê-lo ao longo destes últimos tempos.
E o seu olhar perturba o leitor, pois o coloca diante de um espelho e o faz enxergar cicatrizes que se procura esconder ou, ao menos, disfarçar. Bauman não tem pena nem receio de apontar a ambigüidade do “líquido cenário da vida amorosa”, que oscila entre o céu e o inferno. Pois, ao mesmo tempo em que tudo fazemos para fugir da solidão, não queremos vínculos permanentes, porque não há a certeza de que faremos a escolha certa, de que a pessoa que partilhará do nosso dia-a-dia não nos fará sofrer, ou ainda, de que estando comprometido com esta, não estaríamos abrindo mão de outra, ainda melhor, com mais qualidades que nos tornaria ainda mais felizes, ou mais satisfeitos. Não se quer desperdiçar tempo nem energia em uma relação que possa não trazer resultado algum. O que se quer é, com o mínimo de esforço, o máximo de satisfação. A fórmula testada e aprovada é bem-vinda, mas mesmo esta, não é garantida.

“E assim é numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto pronto para uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea, resultados que não exijam esforços prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e devolução do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar é a oferta (falsa, enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a “experiência amorosa” à semelhança de outras mercadorias, que fascinam e seduzem exibindo todas estas características e prometem o desejo sem ansiedade, esforço sem suor e resultado sem esforço.”

As relações nos dias de hoje acabaram se transformando em um meio termo entre amor e desejo. Há uma liberdade de encontro e compromisso. Isso possibilita que se esteja conectado a alguém, mas não fechado para a possibilidade do novo.Bauman compara o relacionamento pós-moderno a um Shopping Center, onde, comprovadamente, não se compra por desejo, mas por impulso. As relações, então, seriam as mercadorias, prontas para serem consumidas e descartadas. Se estas apresentarem algum defeito, ou não satisfizerem o cliente serão trocadas por outras, melhores.
Desejo e amor necessitam ser cultivados, retardando assim a satisfação. Um sacrifício hercúleo para um ser de uma sociedade consumista, regida pela rapidez.Nunca houve tanta liberdade na escolha de parceiros, nem tanta variedade de modelos de relacionamentos, e, no entanto, nunca os casais se sentiram tão ansiosos e prontos para rever, ou reverter o rumo da relação. Também é comum a preferência por um relacionamento virtual a um real, pois este pode ser rompido com um clic no mouse do computador sem que haja culpa por ter se agido assim, diferente de um rompimento ao vivo onde o sofrimento passa a ser explícito e, portanto, indesejado.
Bauman faz, também, uma análise detalhada do papel do sexo. Utilizando uma afirmação de Lévi-Strauss, defende que “o encontro dos sexos é o terreno que a natureza e a cultura se depararam pela primeira vez. E, além disso, é o ponto de partida para qualquer cultura, a origem de toda cultura.” , mas também observa que, nos dias de hoje, o sexo é banalizado, “tornou-se o modelo alvo/ideal predominante da parceria humana.”.
Se antes o sexo coroava o amor, hoje ele está desvinculado quase em sua totalidade desse sentimento. A atividade sexual passa cada vez mais cedo a fazer parte da vida humana e isso não acontece impunemente, os laços dos relacionamentos, a partir disso, já nascem frouxos. Há uma busca constante pela satisfação sexual (ou ampliação dela) e quando a qualidade decepciona, busca-se a solução na quantidade. Isso interfere também no formato e nas características das famílias, criando novos graus de parentescos, ou ainda, famílias incompletas, destituídas de pai ou mãe, ou ainda, com dois pais ou duas mães. Um filho de “ponte entre a mortalidade e a imortalidade da família” passou a ser um “objeto de consumo emocional”. Esse mesmo sexo caminha para a direção contrária do relacionamento. É absurdamente comum a quantidade de pessoas que buscam a satisfação de seus instintos sexuais através da internet, terreno seguro para se experimentar toda e qualquer fantasia imaginada, sem correr risco nenhum. É possível contatar-se com pessoas de todas as partes do mundo e dividir com elas instantes prazerosos, ainda que líquidos, sem preocupar-se com doenças sexualmente transmissíveis ou com o risco de envolvimento emocional indesejado.

“Terminar quando se deseje – instantaneamente, sem confusão, sem avaliação de perdas e sem remorsos – é a principal vantagem do namoro pela internet. Reduzir riscos e, simultaneamente, evitar perda de opções é o que restou de escolha num mundo de oportunidades fluidas (...) e o namoro pela internet, ao contrário da incômoda negociação de compromissos mútuos, se ajusta perfeitamente (ou quase) aos novos padrões de escolha racional.”

Bauman fala, ainda, sobre a dificuldade de amar o próximo: “A invocação de ‘amar o próximo como a si mesmo’ é um dos preceitos fundamentais da vida civilizada. É também o que mais contraria o tipo de razão que a civilização promove: a razão do interesse próprio e da busca da felicidade.” Como amar um próximo que não demonstra a menor consideração por nós? Há um mundo competitivo lá fora, uma selva onde o predador está à espreita, e não há indícios de que o estranho a quem devemos amar vai devolver esse sentimento ou, ao menos, demonstrar o alguma consideração por ele.
Há uma máxima que diz que para amarmos os outros é preciso primeiro amar-se a si. Bauman define esse amor próprio como “a necessidade de ser amado, pois a recusa do amor – a negação do status de objeto digno de amor – aumenta a auto-aversão. O amor próprio é constituído a partir do amor que é nos oferecido por outros” , ou seja, para amar é preciso se amar e para se amar, é preciso ser amado.
O autor não esconde seu pessimismo com relação ao futuro.E tudo por que somos incapazes de constituir vínculos sólidos uns com os outros.Fomos perdendo o interesse na qualidade das relações, no verdadeiro sentido da palavra amor.
São tempos difíceis e complexos, que gerarão outros tempos ainda mais difíceis e complexos para os que virão depois de nós se não houver uma profunda reflexão do nosso papel enquanto indivíduos e enquanto grupo em nossa sociedade. Colocar o dedo na ferida faz com que tenhamos a certeza de que ela existe e precisa ser tratada se desejarmos curá-la.
Zygmunt Bauman coloca o dedo na ferida e nos faz pensar.
O espelho está aí, basta olhar e ver nosso verdadeiro reflexo.
Olhemos.

Deixo ainda uma reflexão Bíblica (Romanos 12:1-2) Versão Linguagem de Hoje

Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus.
Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MODERNIDADE LIQUIDA

Uma síntese do Livro - MODERNIDADE LIQUIDA. Para reflexão dos relacionamentos eclesiásticos de uma Igreja que vai tomando a forma passiva de uma sociedade liquida. “Grifos meus”.


De acordo com a Enciclopédia britânica, “Fluidez” é a qualidade de líquidos e gases, por tanto, essa propriedade é responsável pelas constantes mudanças de formas quando submetidos a uma força. Pela propriedade de não fixação no espaço e por não se prenderem ao tempo, foi que Zigmunt Bauman utilizou em seu livro Modernidade Líquida a metáfora da “fluidez” ou “liquidez” para a presente era moderna.

No prefácio de sua obra, o tempo apresenta relevância especial, pois os fluidos estão sempre prontos a mudanças, preenchem espaços apenas por um momento e por isso mesmo, precisam ser datados. Como a mobilidade dos fluidos se associa à idéia de leveza, essa adentrou na história da modernidade, que não havia sido desde o começo um processo de liquefação.

Os autores do Manifesto Comunista, há um século e meio atrás a considerava estagnada e resistente, com necessidades de derretimento dos sólidos, para dissolver o que quer que persista no tempo e fosse imune a passagem ou ao fluxo. Esse cenário poderia ser representado pela profanação do sagrado, repúdio e destronamento do passado, da tradição, das crenças forjadas etc.

Tentando aperfeiçoamento e substituição de sólidos deficientes por outros aperfeiçoados e preferivelmente perfeitos. Nesse contexto, os primeiros sólidos a derreter seriam: as lealdades tradicionais, os direitos e obrigações que atavam pés e mãos que impossibilitavam os movimentos e iniciativas. Assim, derretendo esses sólidos, as redes de relações sociais estariam desprotegidas e expostas a outras regras de ações. O derretimento dos sólidos gera com isso, uma progressiva liberdade na economia no que tange as tradições políticas, éticas e culturais. Sedimentando uma nova ordem econômica.

Com efeito, o derretimento dos sólidos trouxe a dissolução das forças que poderiam manter a questão da ordem e do sistema na agenda política. Na modernidade fluida se entrelaçam escolhas individuais em projetos e ações coletivas. Nenhum molde foi quebrado sem que houvesse substituição por outro, as pessoas foram relocadas em uma nova ordem, em nichos pré-fabricados, usando a nova liberdade para encontrar as condições particulares para se adaptarem sem esquecer das regras e condutas tidos como corretos para o lugar.

A modernidade fluida produziu uma profunda mudança na condição humana com tendência de desenvolvimento nos conceitos básicos da emancipação, individualidade, tempo/espaço, trabalho e a comunidade. O tempo adquire história pela velocidade do movimento através do espaço, da imaginação e da capacidade humana. O céu passa a ser o limite, e a modernidade, um esforço contínuo, rápido e irrefreável para alcançá-lo. O acesso a meios mais rápidos de mobilidade na modernidade é a principal ferramenta de poder e dominação.

Com relação ao homem na modernidade, ser moderno passou a significar ser incapaz de parar e de ficar parado, tendo necessidade de estar sempre à frente de si mesmo, significa também, ter uma identidade que só pode existir como um projeto não realizado. Para distinguir nossa condição na modernidade e a condições da modernidade de nossas avós, o autor faz uso de duas características para apresentar diferenças na situação atual. A primeira diz respeito ao declínio da crença de que há um Estado de perfeição a ser atingido no fim do caminho. A segunda diz respeito à auto-afirmação do indivíduo, que se reflete no discurso ético/político do quadro da “sociedade justa” para o dos “direitos humanos”.

O que o autor observa nessas diferenciações é que, se a modernidade original era pesada no alto, a modernidade atual é leve no alto, livres de deveres emancipatórios, com exceção do dever de ceder à emancipação das camada média e inferior, as quais foram relegadas a maior parte do peso da modernização contínua. Diferente da individualização de cem anos atrás, a individualização na modernidade atual, consiste em transformar a identidade humana de um dado em uma tarefa, onde seus autores serão responsáveis pela realização dessa tarefa e das conseqüências advindas com a mesma.

Bibliografia: BAUMAN, Zigmunt . Modernidade Líquida; tradução, Plínio Dentzien. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A IGREJA PEDE SOCORRO.

A IGREJA PEDE SOCORRO

Estamos vivendo um tempo em que vemos muitas pessoas buscar a Deus por diversos motivos, como por exemplo, por não terem como pagar uma dívida econômica, por causas com a justiça, por não terem como contratar um bom advogado, pessoas em busca de prosperidade e outros mais. O buscam como se Ele fizesse parte de um quadro de super-heróis, sendo O mais poderoso desse quadro, pois se conhecessem outros mudariam facilmente. Requerem riquezas, coisas que a própria Palavra afirma que ficarão nesta terra, que serão comidas pela traça. Outros ainda buscam-No por poder, por posicionamento, status, liderança. Esses, como dizem, “se acham a última bolacha do pacote”, acham que a obra de Deus sem eles não acontece, estão atrás de um pequeno grupo para esconder os seus traumas, seus fantasmas, seu egocentrismo.
Existem aqueles que ainda precisam dar uma passeada na Babilônia para satisfazer seus desejos. As coisas se misturam e não conseguimos mais identificar o que somos. A igreja tem perdido a sua identidade aceitando essa mistura, o que antes não se aceitava se aceita. Será que a Graça ficou sem graça? Será que o fogo do inferno esfriou? E a morte? E a vida eterna? O pecado não nos afasta mais de Deus? Qual o significado da morte de Jesus na cruz?
Quando recebemos a Cristo como Salvador, a Bíblia fala que o velho homem é transformado em um novo homem. A Bíblia também nos fala que santidade é ser diferente, que devemos desviar nossos pés dos caminhos dos pecadores, que não devemos nos assentar e nem nos deter nos caminhos dos escarnecedores. Porém, a igreja ainda está cheia de crentes que fazem totalmente o contrário, que são sócios de carteirinha do famoso "Club Del Mundo", que são atraídos, que amam as coisas desse mundo, estão envolvidos, comprometidos com seus banquetes, se curvam à estátua do prazer momentâneo, e nem mesmo foram ameaçados para isso! O que realmente eles são? O pior dos pecados é achar que não temos pecado. É fazer o que a própria Bíblia nos adverte a não fazer, tendo assim a mente enfraquecida por ações pecaminosas, pelas conseqüências de uma vida sem identidade. Pessoas assim já não sabem o que são!
Antes fosse melhor conhecer Jesus depois... A Bíblia fala em Hebreus de pessoas assim, “os que foram iluminados, que provaram do Espírito”, mas se desviaram, escolheram viver uma “vida cristã” sem o compromisso, sem a renuncia, e seus corações não podem ser tocados novamente para arrependimento, a cruz não tem o mesmo significado ou nunca teve significado.
Quando Jesus passa pela praia chamando os discípulos para serem pescadores de homens, esse chamado para vida cristã estava intrinsecamente entrelaçado às palavras compromisso e renuncia. Isso nos afirma o apóstolo Paulo quando diz: “e se vivemos, para o Senhor vivemos!”
Que evangelho é esse, que cobramos mais do que permitimos ser cobrados e nem mesmos a nós nos cobramos? Que evangelho é esse que o pecado não produz o peso numa consciência do que se diz transformado por Cristo? Que evangelho é esse que vamos à igreja quando queremos, ou melhor, que a (igreja) trocamos por qualquer outra proposta? Por que o culto a Deus deixou de ser culto e passou a ser um programa de final de semana? Que evangelho é esse, onde participamos de cultos como uma escolha do cardápio de um restaurante? Não nos empenhamos mais por fidelidade doutrinária, por conhecimento bíblico, e por isso não temos raízes e nem uma identidade. Que evangelho é esse onde as pessoas que ministram e que pregam são rotuladas como bebidas ou qualquer outro objeto? "Desse eu gosto, o outro não é tão bom!" E o sabor da Palavra e Sua suficiência? Que evangelho é esse que separamos as pessoas e quando já não há mais possibilidades, nos separamos delas?
Será que essa vida é realmente uma vida cristã? Somos parecidos com Cristo?
Pois Cristo continua o mesmo! Quando Jesus começa a pregar a mensagem de que muitos que O seguiam seriam perseguidos, mortos a espada, a multidão foi saindo de fininho, e por fim permaneceram somente os discípulos. E o que ouço é a mesma pergunta feita por Jesus aos discípulos: “Você também não quer ir?”.
Abandonamos a Jesus quando não cremos no que Ele é, quando não amamos e não conseguimos nos entregar inteiramente a Ele. Quando não cremos no que diz a Sua Palavra em suas promessas.
Somente conseguiremos servi-Lo dignamente, quando tivermos a mesma necessidade sentida por Pedro ao respondê-Lo “Para onde iremos nós, se só o Senhor tem as Palavras de Vida Eterna”! O mesmo que o negou, verdade! Sofreu por causa da sua fraqueza, da sua fé vacilante, mas por fim foi restaurado e usado grandemente pelo Espírito Santo, demonstrando amor ao seu Senhor.
A igreja de Jesus é aquela que nega a si mesma, que toma a cruz e O segue! Sem estas características não somos a igreja de Cristo, somos a nossa própria igreja, a igreja do EU vivendo a nossa própria vida. Quem tem ouvidos para ouvir ouça!

Pr. Jaylson Nogueira

terça-feira, 28 de julho de 2009

UM OLHAR DIFERENTE!

No texto de João 9 (leia). Vejo Jesus diante de um homem que nasceu cego - O que leva os seus discípulos a indagarem sobre o pecado e suas conseqüências. Não quero aqui dizer que o pecado não traz sobre o homem conseqüências, pois, a própria Palavra nos afirma que “o salário do pecado é a morte” e muitos outros textos falam das conseqüências daqueles que erram o alvo. Quero salientar a forma como Jesus olha para esse homem e para nós. Os discípulos encontram no pecado a justificativa deste homem se encontrar com esta deficiência, cego. Mais, Jesus não olhou por esse prisma, antes via nele uma oportunidade para a manifestação da Glória de Deus. Jesus tinha outro conceito sobre este homem, ao invés de vê-lo como uma oportunidade de discussão, dos porquês da vida, via nele uma oportunidade para Deus. “Jesus respondeu: ... foi assim para que se manifestassem as obras de Deus.” Isso significa que as circunstâncias da nossa vida devem ser encaradas como oportunidades para as manifestações de Deus. Perceba a perspectiva de Cristo. Aquele homem não era vítima do destino, e nem mesmo vitima do pecado de seus pais. Era o milagre que aguardava pra acontecer. Nenhuma conseqüência humana em Cristo é definitiva, o sacrifício de Cristo na cruz em favor do homem sim é definitivo, e N’ele todos os pecados são perdoados definitivamente. Que diferença existe entre nós e esse homem hoje? NENHUMA. Vemos que Jesus não colocou nenhum peso, rótulo (é um pecador), deve sofrer as conseqüências.
Ele (Jesus) estava mais preocupado com o futuro dele (homem) do que com seu passado. Às vezes somos muito parecidos com esse homem, somos julgados, deixados de lado, rotulados. Mas podemos aprender o que aquele homem aprendeu. Quando todos o rejeitarem, Cristo sempre irá recebê-lo. Quando ninguém mais quiser saber de você, Cristo lhe chamará e curará a sua vida. Quero dizer que você não precisa estar preocupado com os julgamentos. Não julgue! Não se coleque sobre nehum julgo(Jo. 8:15) e (Mt. 7:1-2). Entretanto precisamos discernir nossa condição de pecador tão somente nossa, pois, o arrependimento surgirá neste processo juntamente com a transformação. Não devemos proferir um veredicto a respeito dos outros ou das situações que nós mesmos enfrentamos. Lembre-se: Nenhuma conseqüência humana em Cristo é definitiva, o sacrifício de Cristo na cruz em favor do homem arrependido, sim é definitivo e N’ele todos os pecados são perdoados. Cristo não julgou nem mesmo a Pedro, mais deu a ele um direcionamento “quando você se converter fortaleça os seus irmãos.” (Lc.22:32). Essa palavra (converter) em sua raiz é mudar de direcionamento, mudar o foco, voltar para a essência e o propósito do Reino. Pedro não precisava nascer de novo, mais de mudar a forma que entendia a sua vida e o propósito dela. Jesus não havia vindo resolver um problema político social, como queria Pedro, mais um problema de questão espiritual, de vida Eterna, do Reino Espiritual, resgatar o homem pecador. Assim como neste texto, existe um tempo determinado pra todo o propósito de Deus. (Jo. 9:4). “Enquanto é dia” não podemos deixar que a “noite, escuridão, problemas e circunstancias”, nos tire o foco dos propósitos de Deus em nossa vida. precisamos permitir sua ação enquanto há tempo, tempo para receber o milagre que tanto precisamos. Sermos perdoados! Sermos curados na nossa alma e transformados pela ação do Seu Poder. A obra de Deus consiste em: Aceitar as pessoas. Amar antes de julgar. Cuidar antes de condenar. “A quantidade de amor que você dá é a mesma que irá receber”. Que Jesus Cristo, aquele que ama antes mesmo de julgar possa ser o árbitro no seu coração.
Pr. Jaylson Nogueira
Segunda-feira, 12 de Maio de 2008 (Repostando)

A Fé e a Razão

A revelação - É um desvendamento sobrenatural por Deus de verdades que não poderiam ser descobertas pelos poderes da razão humana, sem ajuda. A razão - É a capacidade natural da mente humana descobrir a verdade.Alguns filósofos têm alegado que somente a revelação pode ser considerada uma fonte legítima do conhecimento do homem.Segundo Sören Kierkegaard (1813 – 1855). Há varias razões para a incapacidade da razão humana.O Estado caído do homem – a natureza pecaminosa do homem o torna impossibilitado de conhecer um Deus, a verdade a cerca de um Deus pessoal, visto ser o próprio Deus a quem esta sendo desconsiderado ou rejeitado.A transcendência de Deus – Ele é um paradoxo à razão do homem.Nenhum papel positivo da razão – o melhor que a razão pode fazer é rejeitar o absurdo ou irracional, mas isso não pode ser de qualquer ajuda positiva para atingir a verdade divina.As provas são uma ofensa a Deus – as provas são desnecessárias para os que acreditam em Deus, e não convencem os que não acreditam. A única prova do cristianismo é o sofrimento, conforme Kierkegaard, pois Jesus disse: “Vem, toma a tua cruz, e segue-me” (Marcos 10:21 b).As evidências históricas não ajudam – o eterno nunca pode ser baseado no temporal. O melhor que o histórico pode fornecer é a probabilidade – mas somente pela fé no Transcendente é que a pessoa pode transcender a probabilidade humana e histórica e encontrar a Deus.Um dos teólogos mais famosos da Igreja Cristã contemporânea é Karl Barth. Também, acreditava que o homem caído é incapaz de conhecer um Deus transcendente santo. Barth sustentava que todas as tentativas de ser achegar a Deus mediante a razão eram fúteis. Para ele a Bíblia é a localidade da revelação de Deus. Deus não nos fala através da natureza, porque o homem está caído e, portanto, obscureceu e distorceu completamente a revelação de Deus na natureza. Barth era enfático no sentido de a mente humana não ter capacidade alguma para conhecer a Deus. A razão humana não tem a capacidade ativa nem passiva para a revelação divina. Deus tem de dar sobrenaturalmente a capacidade de entender Sua revelação, assim como dá a própria revelação.Do outro lado do espectro da fé e da razão há racionalistas, que alegam que toda a verdade pode ser descoberta pela razão humana. Alguns até chegam a alegar que nada é verdadeiramente conhecido, de modo algum, pela revelação. Outros concedem alguma posição à revelação, mas fazem da razão o teste suficiente e final daquilo que é, e daquilo que não é verdadeiro na revelação alegadamente sobrenatural.Emanuel Kant – A razão exige que vivamos “como se existisse um Deus”. A despeito do fato de que não podemos saber (mediante a razão especulativa) se Deus existe, devemos viver como se houvesse um Deus, porque nossa razão prática (moral) assim exige.Santo Agostinho (354 – 430) veio ao cristianismo de uma tradição de filosofia platônica. A fé é o caminho do entendimento – “sem ter fé primeiramente, a pessoa nunca viria a um pleno entendimento da verdade de Deus. A fé inicia a pessoa no conhecimento. Nesse sentido, Agostinho acreditava plenamente que a fé na revelação de Deus é previa a razão humana”.Do outro lado ele também asseverou que ninguém deveria acreditar numa revelação que não tiver primeiramente julgado digna de crença à luz da boa razão. Disse: “A autoridade exige a crença e prepara o homem para a razão... mas devemos crer, e a mais alta autoridade pertence à verdade quando é claramente conhecida”.Um entendimento parcial do conteúdo do Evangelho é, naturalmente, necessário antes de ser poder crer nele, mas o pleno entendimento da verdade cristã é subseqüente à fé salvífica. A pecaminosidade do homem caído obscurece sua capacidade de ver a verdade antes da fé salvífica ter sido exercida.A fé, sem duvida alguma é um dos mais importantes conceitos de toda a Palavra de Deus. Em toda a parte é requerida, e sua importância é insistentemente salientada.Qualquer tentativa de separar totalmente a razão e a revelação parece infrutífera senão impossível. Qualquer tentativa do racionalismo puro é frustrada pelo fato que não se pode comprovar tudo; alguma coisa é sempre pressuposta ou simplesmente crida.Fé significa o abandono de toda a confiança nos próprios recursos. Fé significa lançar-se sem reservas nas mãos misericordiosas de Deus. Fé significa apegar-se às promessas de Deus em Cristo referente à salvação, bem como poder do Santo Espírito de Deus, que no crente habita, para D’ele receber fortalecimento diário. Fé implica em completa dependência de Deus e plena obediência ao Senhor.(Extraídos dos estudos filosóficos do Pr. Jaylson)
Segunda-feira, 19 de Maio de 2008 (repostando)

Como você vê o seu problema?

Podemos aprender com alguns homens da Bíblia como nos portar diante de um problema, das dificuldades ou até mesmo diante de coisas intransponíveis aos olhos naturais.Josué e Calebe estavam entre os 12 espias, enviados a observarem uma terra a ser conquistada, (relacionado à visão e possibilidades) eles foram contrários ao relatório dado por dez deles que diziam “somos aos nossos olhos como gafanhotos”... (números 13: 25 – 33).Se olhar-mos, contemplar-mos a derrota antes mesmo de lutarmos então seremos derrotados por nos mesmos. A visão, esta intimamente entrelaçada a fé, que é “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.” (Hebreus. 11:1). Diante dos problemas da vida, precisamos olhar com os olhos da fé e crer que assim, como na história de Israel; existe um Deus presente, que faz o homem vencer batalhas invencíveis, que faz um simples pastorzinho de ovelhas derrubar gigante pelo Seu nome. O que faz a diferença diante dos gigantes da vida é: O tamanho do gigante, ou o tamanho da testa do gigante. Quando olhamos o seu tamanho recuamos, quando olhamos o tamanho da sua testa, pela fé enxergamos as possibilidades, então Deus nos dá estratégias, e temos um belo alvo ao nosso alcance e a vitória antecipada, antes de lutarmos. “... hoje o Senhor te entregará em minhas mãos...”. (I Samuel 17).A sabedoria popular diz: os tristes acham que o vento geme; os alegres afirmam que ele canta.O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida faz toda a diferença.Pr. Jaylson