Pr. Leandro Mozart
“(...) Não se amoldem (tomem a forma) ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS”. Romanos 12: 2 Eu tenho me sentido indignado com os rumos que estão sendo tomados em nosso país. Tragédias históricas, desmandos constantes, política de colarinho branco que sempre acaba em “pizza”, falta de liderança moral, ausência de atitudes de caráter, e fundamentalmente, falta de perspectiva de futuro para um povo que ouve dizer que o país está melhor, mas olhando ao seu redor não constata o discurso meramente político e maquiado. Sem dúvida é de indignar o que vêm acontecendo no mundo ocidental capitalista que prima pelo consumo, o conforto e a individualidade, não se sensibilizando mais com a dor do outro, mesmo que esse outro esteja tão próximo. Vamos nos tornando tão indignados e desesperançados com as tendências desta nação e deste mundo que ficamos absortos, acomodados, de braços cruzados e nos entregamos – literalmente desistimos. Paulo, o apóstolo, escrevendo aos cristãos de Roma não pergunta se eles estavam indignados com a sociedade de seu tempo, até porque as mesmas atrocidades sempre se repetem historicamente, ou seja, quem tem poder domina e quem não tem é dominado. Na verdade, Paulo pergunta se aqueles cristãos são inconformados. Isso me intriga. A indignação é algo tão sutil que vai-nos corroendo e nos contaminando, fazendo com que fiquemos amargos. Ela gera a passividade, gera críticos que criticam e fazem apenas isso. A indignação produz gente que não faz acontecer, que não faz nenhuma diferença, que não transforma a sociedade. O apóstolo nos chama à inconformidade. Pois ela produz gente pró-ativa. Gente que se interessa pelos problemas, afinal, deseja resolvê-los. Gente que toma atitudes cruciais que tornam suas vidas melhores e conseqüentemente tornam-se agentes de mudança. Gente inconformada com o mundo (os sistemas de valores) é o que falta no século XXI e, especialmente, no Brasil. Quero deixar de ser um cristão indignado com os desmandos do meu país que ceifa vidas e as tornam apenas números identificados e noticiários de crises passageiras. Quero me tornar um inconformado! Alguém que é agente de mudanças. Quero ser instrumento do poder de DEUS através de uma mente inconformada e em constante renovação para contribuir para a transformação desta sociedade nestes tempos tão difíceis. E você, é um indignado ou inconformado?